No dia 18 de dezembro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não existem divergências entre sua pasta e o Banco Central em relação à direção da política monetária, mas apenas na intensidade das medidas a serem adotadas. Durante um encontro com jornalistas, ele destacou que é natural debater sobre a intensidade das políticas, mas criticou a falta de civilidade nas discussões, que frequentemente são interpretadas como questionamentos à autonomia do BC.
Haddad defendeu que, no início do ano, a decisão do Banco Central de elevar os juros foi apropriada para conter a especulação no mercado financeiro, especialmente após o anúncio de mudanças no Imposto de Renda. Ele enfatizou que o diálogo entre a Fazenda e o BC deve ser constante e aberto, a fim de garantir uma trajetória econômica mais estável e virtuosa. O ministro também elogiou seu secretário de Política Econômica, ressaltando seu papel na construção de uma narrativa mais positiva sobre a economia.
Por fim, Haddad reiterou a importância de uma relação harmônica entre as políticas fiscal e monetária, afirmando que um impacto negativo em uma área pode repercutir na outra. Ele criticou a exploração de supostas divergências entre as duas instituições e enfatizou que a troca de informações e projeções é essencial para o bom funcionamento da economia. O ministro concluiu que é fundamental que as autoridades mantenham um diálogo construtivo, visando sempre o melhor para o país.