Gustavo Petro ordena ataque ao ELN após confinamento de civis na Colômbia

Rodrigo Fonseca
Tempo: 2 min.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ordenou às forças de segurança que realizem um ataque contra o Exército de Libertação Nacional (ELN), que impôs um confinamento a civis em suas áreas de atuação a partir do último domingo. Essa medida foi anunciada em resposta aos exercícios militares que a guerrilha programou para realizar por 72 horas, restringindo a mobilidade da população nas regiões afetadas até quarta-feira (17). O presidente declarou que a ação visa defender o povo colombiano de quaisquer ameaças, incluindo intervenções externas.

O ELN, a maior organização rebelde da América Latina, afirmou que as restrições foram necessárias para se preparar para possíveis ações militares, especialmente em um contexto de tensões com os Estados Unidos. Recentemente, o grupo acusou o governo americano de planejar intervenções na Colômbia, interpretando declarações do presidente dos EUA como uma ameaça de invasão. Enquanto isso, Gustavo Petro, que chegou ao poder em 2022 com promessas de diálogo, viu suas tentativas de negociação fracassarem, especialmente após uma onda de violência em janeiro que resultou na morte de mais de 100 pessoas.

A ordem de Petro também reflete um clima de insegurança crescente no país, onde a presença do ELN está registrada em cerca de 20% dos municípios. Com a escalada das tensões, o governo colombiano se vê diante de um dilema: como equilibrar a necessidade de segurança com a busca por um diálogo pacífico. As ações futuras das forças de segurança e a resposta do ELN serão cruciais para determinar o rumo do conflito e a estabilidade da região.

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