O Grupo Dia, atualmente sob recuperação judicial, aplicou cerca de 70% de seu caixa, totalizando R$ 163,3 milhões, em um CDB do Banco Master. Com a liquidação extrajudicial da instituição financeira, o grupo conseguiu recuperar apenas R$ 20 milhões, representando pouco mais de 12% do montante investido. O acordo celebrado em outubro previa diferentes formas de pagamento, mas agora a continuidade dos recebimentos está incerta.
O acordo entre o Dia e o Letsbank, vinculado ao Banco Master, foi assinado em 22 de outubro, pouco antes da intervenção do Banco Central. Apesar da quantia alta no papel, o precatório que o Dia poderá receber depende de decisões judiciais e da disponibilidade orçamentária da União, complicando a situação financeira da empresa. Caso precise liquidar rapidamente o precatório, o Dia pode ter que vendê-lo a um preço significativamente inferior ao seu valor nominal.
A empresa, sob a gestão do empresário Nelson Tanure após a saída do grupo espanhol, afirma estar cumprindo rigorosamente suas obrigações de recuperação judicial. Embora o impacto financeiro da liquidação do Banco Master seja significativo, o Grupo Dia garante que suas operações e abastecimento continuam normais. O futuro financeiro da rede de supermercados, no entanto, permanece incerto, dependendo da resolução das questões judiciais envolvendo o precatório.