Portugal viveu uma greve geral no dia 11 de dezembro, que provocou a suspensão de serviços essenciais em diversas áreas, incluindo transporte, saúde e educação. A TAP Air Portugal cancelou cerca de 250 voos, enquanto a circulação de trens foi drasticamente reduzida e a coleta de lixo foi interrompida. O movimento, organizado por sindicatos, busca contestar reformas trabalhistas que alteram regras de demissão e contratos temporários.
Os sindicatos afirmam que as reformas propostas pelo governo, que incluem mudanças nos critérios de demissão e ajustes nas regras de serviços mínimos, são insustentáveis e prejudiciais aos trabalhadores. A greve mobilizou aproximadamente metade da força de trabalho em Portugal, afetando diretamente a rotina dos cidadãos e provocando um impacto significativo no setor aéreo. Além disso, a TAP anunciou que oferecerá remarcações sem custos, além de reembolsos, para os passageiros afetados.
Com o apoio de cerca de 61% da população, segundo pesquisas, a greve se torna um reflexo do descontentamento popular com a situação econômica do país, que apresenta altos índices de desemprego. Este movimento é a primeira greve geral em Portugal desde 2013 e destaca a tensão entre o governo e os trabalhadores, em um contexto de reformas que buscam modernizar a legislação trabalhista. As repercussões da greve podem influenciar futuras negociações entre o governo e os sindicatos, além de moldar o cenário político nacional.