O governo federal elevou as críticas à distribuidora de energia Enel São Paulo após um apagão que deixou 2,2 milhões de consumidores sem eletricidade. Quatro dias após o incidente, o Ministério de Minas e Energia publicou uma nota enfatizando a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em garantir a qualidade dos serviços. O governo reafirmou que falhas reiteradas não serão toleradas em um serviço essencial como a energia elétrica.
Na nota oficial, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, alertou que a Enel será responsabilizada caso não cumpra os índices de qualidade e as obrigações contratuais. Ele destacou que o descumprimento poderá resultar na perda da concessão em São Paulo, além de outras medidas legais. Silveira também planeja se reunir com o governador paulista e o prefeito da capital para coordenar ações durante a crise.
O comunicado do governo, mais contundente do que declarações anteriores, critica a politização do episódio por autoridades locais. A Enel, apesar dos esforços para restabelecer o serviço, ainda encontrava alguns clientes sem energia. A empresa mobilizou um número recorde de equipes para atender a demanda, mas os efeitos do ciclone extratropical continuaram a impactar a região metropolitana de São Paulo.

