O Goldman Sachs publicou um relatório indicando que a continuidade do fenômeno climático La Niña pode trazer incertezas significativas para os preços de energia no Brasil até o primeiro trimestre de 2026. As projeções apontam 32% de chance de que o fenômeno persista e 68% de probabilidade de transição para um cenário neutro, o que ressalta a necessidade de atenção ao comportamento das chuvas nos próximos meses.
Historicamente, a La Niña está associada a um aumento das chuvas no Brasil, mas o Goldman Sachs afirma que a correlação entre o fenômeno e o volume de chuvas é fraca, resultando em um impacto médio pouco relevante. O relatório prevê que os preços spot de energia devem se manter em torno de R$ 220 por megawatt-hora (MWh) entre 2026 e 2028, uma leve queda em relação aos R$ 226/MWh projetados para 2025, mas com desvios possíveis dependendo do comportamento climático.
Os efeitos da La Niña variam por região, aumentando a frequência de chuvas intensas no Norte e Nordeste, enquanto no Sul há um risco maior de secas. Para Sudeste e Centro-Oeste, não há impactos consistentes identificados. Assim, a visibilidade permanece limitada, e as expectativas de preços de energia dependerão fortemente das condições meteorológicas futuras.

