A Gol Linhas Aéreas está sendo processada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) por supostamente praticar greenwashing ao comercializar tokens de carbono sem validade ambiental. A ação civil pública, movida no Tribunal de Justiça de São Paulo, busca uma indenização de R$ 5 milhões por danos morais coletivos, alegando que a empresa induziu passageiros a acreditar na efetividade ambiental dos ativos oferecidos.
O Idec afirma que a Gol comercializava esses tokens como parte de um programa denominado ‘Meu Voo Compensa’, sem divulgar informações sobre a validade ou a metodologia de cálculo dos créditos. A entidade também destaca que a certificadora internacional Verra já havia alertado sobre a ineficácia dos ativos, o que levanta questões sobre a transparência e a veracidade das informações fornecidas aos consumidores.
As implicações da ação podem ser significativas para a Gol, especialmente em um cenário onde práticas de sustentabilidade são cada vez mais exigidas pelos consumidores. A acusação de publicidade enganosa e abusiva pode impactar a reputação da companhia e levar a uma revisão das suas práticas de marketing. A retirada recente do programa, após uma interpelação judicial, levanta ainda mais suspeitas sobre a integridade das ações da empresa na área ambiental.

