Gol é processada por venda de compensação ambiental sem validade

Jackelline Barbosa
Tempo: 2 min.

A Gol Linhas Aéreas está sob investigação após uma ação civil pública apresentada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) no Tribunal de Justiça de São Paulo. A acusação gira em torno da venda de tokens de carbono no programa ‘Meu Voo Compensa’, que, segundo o Idec, não possuem validade ambiental, levando os passageiros a acreditar que estavam contribuindo para a neutralização de emissões.

O Idec alega que a companhia aérea praticou ‘greenwashing’, comercializando ativos digitais sem certificação reconhecida e apresentando-os como uma solução eficaz para compensação de emissões. A denúncia destaca que a certificadora Verra já havia alertado sobre a impossibilidade de considerar esses ativos como créditos reais de carbono. Além disso, a Gol foi acusada de violar o direito à informação dos consumidores, ao não divulgar detalhes sobre a metodologia e a rastreabilidade dos créditos vendidos.

Este caso levanta importantes questões sobre a responsabilidade das empresas em suas práticas ambientais e pode impactar a forma como programas de compensação de carbono são apresentados ao público. O Idec busca que a Justiça reconheça oficialmente a prática de publicidade enganosa, o que poderia gerar um precedente para outras companhias aéreas e aumentar a pressão por maior transparência em iniciativas ambientais no setor. A Gol, por sua vez, reafirma seu compromisso com a integridade e a sustentabilidade, mas o desdobramento deste processo pode influenciar sua reputação e operações futuras.

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