Goiás proíbe leite líquido de pó importado para proteger produtores locais

Bruno de Oliveira
Tempo: 2 min.

A venda de leite líquido produzido a partir da reconstituição de leite em pó importado foi proibida em Goiás, conforme a nova Lei nº 23.928/2025 sancionada pelo governador Ronaldo Caiado. A medida busca atender a uma demanda antiga dos produtores locais, que enfrentam concorrência desleal com produtos importados, especialmente do Mercosul. A intenção é proteger a produção goiana e garantir a qualidade dos alimentos disponíveis para a população local.

De acordo com o governo estadual, a proibição abrange indústrias e laticínios estabelecidos no estado, que enfrentarão penalidades caso desrespeitem a nova regra. O deputado Amauri Ribeiro, autor da proposta, destaca que a iniciativa é crucial para a manutenção dos empregos no setor e a preservação da cadeia produtiva do leite. Entretanto, especialistas alertam que a medida pode não resolver problemas estruturais da indústria e que o impacto sobre os preços ao consumidor pode ser significativo.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) recebeu a decisão com otimismo, argumentando que o estado é autossuficiente na produção de leite. Contudo, economistas como Luiz Carlos Ongaratto apontam que a redução da concorrência pode levar a efeitos adversos no médio prazo, como aumento de preços e diminuição da eficiência do mercado. A fiscalização da nova lei será realizada por órgãos sanitários e tributários, com a intenção de garantir a qualidade e a segurança alimentar em Goiás.

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