A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, responsabilizou a taxa Selic, que alcançou 15% ao ano, pelo aumento da dívida pública do Brasil, em vez de atribuir essa responsabilidade às despesas do governo. Em um comunicado feito em suas redes sociais, Gleisi argumentou que essa taxa elevada drena recursos do orçamento, impactando diretamente a capacidade do governo de investir em serviços públicos e programas sociais.
Gleisi também criticou a interpretação de que o crescimento das despesas é o principal fator para o aumento da dívida, apontando que os juros estão 10% acima da inflação. Ela enfatizou que a manutenção da Selic em patamares altos encarece o crédito, limitando o crescimento econômico e prejudicando os investimentos necessários para o desenvolvimento do país. A ministra fez suas declarações em um contexto em que o Congresso Nacional aprovou uma nova Lei Orçamentária que destina uma parte significativa do orçamento a pagamentos de juros.
Por fim, a continuidade da Selic em 15% pelo Comitê de Política Monetária sugere um panorama desafiador para a economia brasileira, com previsões de redução gradual da taxa nos próximos anos. A cautela na política monetária reflete a necessidade de controlar a inflação, mas também levanta preocupações sobre os impactos no crescimento e na capacidade de investimento do governo. A situação atual exige uma análise cuidadosa das estratégias econômicas para garantir um equilíbrio sustentável.

