Glauber Braga é retirado à força da presidência da Câmara durante protesto

Rodrigo Fonseca
Tempo: 2 min.

Na tarde de terça-feira (9), o deputado federal Glauber Braga, do PSOL do Rio de Janeiro, ocupou a cadeira da presidência da Câmara dos Deputados como forma de protesto. A ação foi desencadeada após o presidente da Casa, Hugo Motta, anunciar a votação do pedido de cassação do mandato de Braga, em meio a processos semelhantes contra outros parlamentares. A situação se intensificou rapidamente, resultando na intervenção da Polícia Legislativa que removeu o deputado à força do plenário.

O protesto de Glauber Braga ocorre em um contexto de tensão política, especialmente considerando que a votação de sua cassação coincide com pautas que envolvem a redução das penas de outros parlamentares condenados pelo Supremo Tribunal Federal. Braga, que já enfrenta um processo de cassação devido a uma agressão anterior, criticou duramente as ações de Motta, destacando a diferença na resposta da segurança da Casa em situações de oposição. A transmissão ao vivo da sessão foi abruptamente cortada, levantando questões sobre a transparência e a liberdade de imprensa no processo.

Esse episódio não apenas destaca as divisões políticas atuais no Brasil, mas também levanta preocupações significativas sobre a integridade das instituições democráticas. Braga afirmou que continuará lutando contra o que considera uma ofensiva golpista, envolvendo não apenas sua cassação, mas um ataque mais amplo às liberdades democráticas. A resposta de Hugo Motta, que se defendeu ao alegar que Braga desrespeitou a Câmara, evidencia a polarização crescente e as tensões que permeiam o ambiente legislativo brasileiro.

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