Na noite de 9 de dezembro de 2025, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) denunciou uma suposta ‘ofensiva golpista’ no Congresso, após ser retirado do plenário da Câmara dos Deputados pela Polícia Legislativa. Durante seu discurso, ele criticou a condução do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que, segundo ele, cerceou a imprensa ao interromper a transmissão da TV Câmara. Braga também destacou que enfrenta um processo que pode resultar em sua cassação e perda de direitos políticos por oito anos.
O parlamentar argumentou que as acusações contra ele, que incluem defender a honra de sua mãe e confrontar o ex-presidente, não justificam a punição. Segundo Braga, o processo está ligado a uma proposta de anistia que beneficiaria Bolsonaro e seus aliados, o que ele considera uma manobra para proteger os responsáveis por ataques à democracia. Ele citou o caso da ex-deputada Carla Zambelli, ressaltando que a ação visa silenciar adversários políticos específicos.
Braga defendeu sua permanência na mesa diretora da Câmara como um ato de resistência, afirmando que não se deve ceder a pressões. Ele advertiu que a inclusão de seu pedido de cassação na pauta do plenário pode ocorrer em breve, o que intensificaria a tensão política na Casa. A situação evidencia um cenário preocupante para a liberdade de expressão e os direitos políticos no Brasil.

