O deputado Glauber Braga, do PSOL do Rio de Janeiro, fez duras críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, após ser retirado à força de sua posição na presidência da Casa. O episódio aconteceu em 9 de dezembro de 2025, quando Glauber se posicionou contra a decisão de Motta de levar à votação um processo de cassação que o envolve e um projeto que propõe a redução de penas para aqueles envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. O parlamentar declarou que permaneceria na cadeira de presidência “até o limite das minhas forças”.
Durante o ato, que foi interpretado como um protesto, Glauber foi cercado por policiais legislativos e outros deputados que solicitaram sua saída, mas ele se recusou a deixar o assento. Essa situação gerou tensões no plenário, refletindo a polarização política atual e a crítica à condução de processos legislativos que envolvem a cassação de opositores. A presença de um projeto que pode beneficiar investigados por atos golpistas, incluindo figuras proeminentes como o ex-presidente Jair Bolsonaro, intensificou as reações de descontentamento entre os parlamentares de oposição.
O desdobramento deste incidente pode ter implicações significativas para a dinâmica política na Câmara dos Deputados, especialmente em um momento crítico para a governabilidade. A insistência de Glauber em contestar a decisão de Hugo Motta pode galvanizar outras vozes de oposição e pressionar por uma revisão dos procedimentos legislativos em relação a ações contra parlamentares. O clima tenso sugere que a relação entre os diferentes grupos políticos pode se deteriorar ainda mais nas próximas semanas.

