O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, abordou as recentes críticas a sua decisão que limita à Procuradoria Geral da República a prerrogativa de solicitar impeachment de juízes da Corte. Mendes esclareceu que a intenção não é proteger os magistrados, mas sim aplicar a Constituição, ressaltando que a legislação em vigor, criada em 1950, já se tornou obsoleta.
Durante um fórum sobre segurança jurídica, Mendes enfatizou que a lei precisa ser revista, especialmente considerando as mudanças na Constituição ao longo das décadas. Ele mencionou que existem atualmente cerca de 50 pedidos de impeachment contra um dos ministros, além de outros 16 contra outro, evidenciando a gravidade da situação e o impacto político do tema.
As declarações de Mendes surgem em meio a uma onda de críticas provenientes do Senado, onde o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, expressou seu descontentamento em relação à decisão. O debate sobre a revisão da legislação de impeachment promete continuar, refletindo a tensão entre os poderes e a necessidade de um entendimento claro sobre as responsabilidades e limites de cada um.


