A Justiça da Venezuela anunciou a condenação de Rafael Tudares Bracho, genro do ex-candidato presidencial Edmundo González Urrutia, a uma pena máxima de 30 anos de prisão. A decisão foi proferida em 1º de dezembro e foi classificada por González Urrutia como uma represália à sua reivindicação de vitória nas eleições de julho de 2024, onde ele alega ter derrotado Nicolás Maduro.
Tudares enfrentou sérias acusações, incluindo terrorismo e conspiração, e sua família denuncia que ele se encontra em ‘desaparecimento forçado’ desde sua prisão em janeiro. O julgamento, segundo relatos, teria ocorrido em uma única audiência de mais de 12 horas, sem a presença de um advogado de confiança, o que levanta preocupações sobre a legalidade do processo. A Procuradoria ainda não se manifestou sobre o caso, deixando dúvidas sobre a transparência do sistema judicial venezuelano.
As implicações dessa condenação são profundas, uma vez que refletem a situação política tensa na Venezuela, onde a oposição enfrenta constantes represálias. O ex-candidato Urrutia destaca que a decisão carece de fundamento jurídico e é incompatível com a Constituição, enquanto as denúncias de prisões políticas aumentam, com pelo menos 884 pessoas detidas por motivos políticos no país, segundo a ONG Foro Penal. Esse cenário evidencia o clima de repressão que permeia a política venezuelana atual.


