Gabriel Galípolo, escolhido pelo presidente Lula para liderar o Banco Central, assumiu o cargo em 1º de janeiro de 2025 em meio a um clima de desconfiança no mercado financeiro. Com o dólar elevado e a credibilidade do governo abalada, Galípolo implementou um dos ciclos de alta de juros mais agressivos da história, elevando a Selic para 15% ao ano e começando a reverter a inflação.
Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também apadrinhado por Lula, viu sua situação se deteriorar. Após um início promissor, com a aprovação da reforma tributária, Haddad enfrenta um cenário desolador, com contas públicas em vermelho e a dívida pública crescendo, passando de 71% para quase 80% do PIB. A estratégia de aumentar impostos sem um controle efetivo de gastos tem se mostrado insuficiente e impopular entre os parlamentares.
Com a proximidade de 2026, a perspectiva de um ajuste fiscal robusto parece distante. A resistência política a novas medidas fiscais e a necessidade de uma política monetária rígida para manter a credibilidade econômica tornam a situação ainda mais complexa. Assim, o contraste entre Galípolo e Haddad reflete as tensões dentro da economia brasileira, com impactos significativos para o futuro fiscal do país.

