O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, enfatizou em coletiva de imprensa no dia 18 de dezembro que “não há seta nem porta fechada” em relação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Ele reconheceu a ansiedade gerada pela falta de sinalizações claras sobre cortes de juros, mas defendeu que a atual estratégia é a mais coerente diante das circunstâncias. Durante a coletiva, foi discutido o Relatório de Política Monetária do quarto trimestre, que trouxe à tona as diretrizes do Copom.
Galípolo afirmou que o Copom não tem a intenção de oferecer previsões definitivas, mas sim de se manter flexível, dependendo da coleta de dados antes de tomar decisões. Ele mencionou que a abordagem atual tem permitido ao comitê ajustar suas decisões conforme novos dados se tornam disponíveis. O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, complementou que essa estratégia tem mostrado resultados positivos na condução da política monetária.
Além disso, Galípolo abordou o impacto de choques externos, como tarifas impostas pelos Estados Unidos, na economia brasileira. Ele reforçou que a autarquia está atenta às discrepâncias nas previsões e à evolução do cenário econômico. O presidente do Banco Central concluiu que, no momento, não há clareza sobre a direção futura das taxas de juros, enfatizando a importância de uma comunicação transparente e adaptativa.

