A Ford revelou uma reestruturação abrangente em seu setor de veículos elétricos, anunciando encargos de US$ 19,5 bilhões, com a maior parte prevista para o quarto trimestre. A montadora, que enfrenta dificuldades na lucratividade do segmento, decidiu cancelar a produção da caminhonete elétrica F-Series e redirecionar seus esforços para modelos híbridos e a gasolina, visando um retorno financeiro até 2029.
Além das mudanças na linha de produtos, a Ford está transformando fábricas, incluindo a de Glendale, Kentucky, que se tornará uma unidade de produção de células de armazenamento de energia. Essa ação é parte de uma estratégia mais ampla para adaptar-se a um mercado em rápida evolução, onde a demanda por veículos elétricos está em questão, especialmente com a revogação de políticas que incentivavam a sua adoção. O CEO Jim Farley afirmou que a montadora deve focar em áreas com maior potencial de retorno financeiro.
A previsão é que até 2030, metade das vendas da Ford sejam compostas por híbridos e elétricos, em contraste com os 17% atuais. O movimento é uma resposta às condições do mercado e à necessidade de ajustar investimentos em um setor que, até pouco tempo atrás, parecia promissor, mas que atualmente apresenta desafios significativos. A reestruturação também poderá afetar milhares de empregos, com demissões durante o processo de transição.

