A Ford revelou que enfrentará um impacto financeiro de quase 20 bilhões de dólares, resultado da decisão de diminuir significativamente sua produção de veículos elétricos. A montadora reconheceu que avaliou incorretamente a demanda por modelos totalmente elétricos, enquanto subestimou a força dos veículos a gasolina, diesel e híbridos, refletindo uma mudança estratégica em resposta ao novo cenário regulatório nos Estados Unidos.
Além da Ford, outras montadoras, como General Motors e Stellantis, também estão reavaliando seus investimentos, priorizando veículos com motores a combustão. Essa reorientação acontece em um contexto de alterações nas políticas do governo, que diminuíram incentivos à eletrificação e promoveram combustíveis fósseis. A Casa Branca já sinalizou um relaxamento nas normas de eficiência energética, o que aumenta ainda mais a pressão sobre a indústria automotiva para se adaptar.
Apesar das perdas, a Ford mantém planos para um futuro em eletrificação, com previsão de lançar uma picape elétrica em 2027. A empresa acredita que uma abordagem mais equilibrada entre veículos elétricos e híbridos pode oferecer maior proteção contra a concorrência crescente, especialmente de marcas chinesas. A estratégia atual não apenas altera a trajetória da Ford, mas também indica uma mudança significativa na indústria automobilística americana como um todo.