O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), abordou, nesta segunda-feira, seu silêncio em relação à indicação de Jorge Messias para a vaga na Corte, afirmando que sua postura se deve a uma ‘prudente distância’ de um tema politicamente controverso que está sendo avaliado pelo Senado. Em uma nota enviada à imprensa, ele negou qualquer controvérsia com o advogado-geral da União e ressaltou a importância do diálogo saudável sobre questões como desarmamento e emendas orçamentárias.
Dino destacou que, desde sua posse em fevereiro de 2024, tem evitado se manifestar sobre conflitos políticos que envolvem o Congresso Nacional, exceto quando são referidos a matérias que estão sob a análise do Judiciário. Essa cautela reflete sua intenção de manter a integridade da instituição e a separação entre os poderes, especialmente em tempos de polarização política.
As declarações de Dino também revelam um cenário de disputas internas no STF, onde alguns ministros, como Alexandre de Moraes, apoiavam a indicação de outros nomes, como Rodrigo Pacheco, para a vaga deixada pela aposentadoria de Luís Roberto Barroso. A postura do ministro pode influenciar a dinâmica de futuras indicações e a relação entre o Executivo e o Judiciário, especialmente diante de um Congresso dividido.

