O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, apresentou evidências que sugerem a existência de uma organização criminosa relacionada ao desvio de recursos públicos por parte dos deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do PL do Rio de Janeiro. As investigações revelaram indícios de práticas ilícitas, como saques fracionados e conversas que indicam pagamentos não registrados, que foram fundamentais para a autorização de mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro.
Dentre os elementos citados por Dino, destacam-se a suspeita de lavagem de dinheiro através da técnica conhecida como “smurfing”, bem como a utilização da cota parlamentar para cobrir despesas irregulares. A Polícia Federal embasou seu pedido de ação com relatórios de inteligência financeira e mensagens extraídas dos celulares dos envolvidos, que demonstram a necessidade de prosseguir com as investigações para elucidar os fatos.
A operação resultou na apreensão de R$ 430 mil em dinheiro vivo em um endereço vinculado a Sóstenes, que ainda não se manifestou sobre as acusações. Jordy, por sua vez, denunciou o que considera uma perseguição política, insistindo que sempre buscou os melhores serviços para sua atuação parlamentar. O desdobramento desse caso poderá impactar a imagem dos deputados e a confiança nas instituições políticas.