Ad imageAd image

Família colombiana processa EUA por ataque que matou pescador

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

A família de Alejandro Carranza, um pescador colombiano, apresentou na terça-feira, 2, a primeira queixa formal contra os Estados Unidos, alegando que ele foi morto em um ataque aéreo na costa da Colômbia em 15 de setembro. A petição, dirigida à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, busca não apenas uma indenização, mas também a interrupção das operações militares americanas que a família considera ilegais e violentas.

O advogado de direitos humanos que representa a família afirma que os ataques realizados por forças dos EUA no Caribe são qualificadas como execuções extrajudiciais, desrespeitando normas do direito internacional. Desde o início de setembro, as forças americanas realizaram pelo menos 22 bombardeios, resultando na morte de cerca de 83 pessoas, segundo dados oficiais. A Casa Branca defende essas ações como legítimas, alegando que visam combater o narcotráfico na região, mas a situação levanta sérias questões sobre a proteção dos direitos humanos e a legalidade dessas operações.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, também se manifestou sobre o caso, afirmando que Carranza não tinha vínculos com o narcotráfico e que sua morte não deveria ter ocorrido. Petro anunciou que o país convocará uma comissão para investigar os ataques, enquanto a CIDH pede que os EUA garantam a conformidade de suas operações com as obrigações internacionais de direitos humanos. Este episódio pode resultar em um aumento da tensão entre a Colômbia e os Estados Unidos, além de incentivar mais queixas sobre as operações militares na região.

Compartilhe esta notícia