Fachin busca apoio para criar código de ética no STF

Amanda Rocha
Tempo: 2 min.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, tem promovido conversas individuais com os demais ministros para discutir a criação de um código de ética para o judiciário. Até o momento, não houve reuniões formais sobre a proposta, e a resistência de alguns integrantes da Corte se faz sentir. Fachin, no entanto, permanece determinado em avançar com o debate, tendo já consultado ministros aposentados, incluindo Rosa Weber e Celso de Mello.

O consenso entre presidentes de tribunais superiores sobre a necessidade de um código é um ponto favorável para Fachin. Ele conta com apoio de figuras como Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral, e Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça. A proposta, no entanto, requer a aprovação da maioria dos ministros do STF e visa estabelecer diretrizes sobre a participação de magistrados em eventos patrocinados por entidades com processos em tramitação, especialmente em meio a polêmicas envolvendo relações pessoais e financeiras de alguns ministros.

Fachin propôs a criação do código assim que assumiu a presidência do STF em setembro de 2025. A necessidade de regulamentação ganhou urgência após a exposição de vínculos entre ministros e interesses externos, como os do Banco Master. A aprovação do código até o fim do mandato de Fachin, previsto para setembro de 2027, se torna um desafio diante da resistência interna e da complexidade das relações no tribunal.

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