O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, está promovendo diálogos individuais com seus colegas sobre a proposta de estabelecer um código de ética para a instituição. Embora ainda não tenha ocorrido uma reunião formal entre os ministros sobre o tema, Fachin manifestou sua determinação em avançar no debate, mesmo diante de resistências internas. O ministro também tem buscado a opinião de ministros aposentados, como Rosa Weber e Celso de Mello, para fortalecer sua proposta.
A ideia de um código de conduta ganhou relevância após a exposição de vínculos controversos entre alguns ministros e o caso Master, que envolve alegações de fraudes no sistema bancário. Embora haja apoio de presidentes de outros tribunais superiores, Fachin precisará conquistar a maioria no STF para que a proposta se concretize. O objetivo é implementar o código até setembro de 2027, quando termina seu mandato na presidência da Corte.
O movimento de Fachin reflete um momento crítico para a imagem do STF, especialmente após críticas sobre a participação de ministros em eventos patrocinados por grupos com interesses em suas decisões. O presidente busca regulamentar a participação dos magistrados em tais eventos, visando restaurar a confiança pública no Judiciário. O cenário atual, no entanto, apresenta desafios significativos para a aprovação desta medida.

