Facções criminosas estão ampliando sua influência sobre serviços essenciais, como energia e internet, no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro. A extorsão de moradores e a obstrução da atuação de empresas regulares tornaram-se comuns, refletindo a crescente presença do crime organizado em setores vitais. Um estudo indica que mais de 80% dos provedores de internet em comunidades cariocas estão vinculados a facções, evidenciando a gravidade do problema.
A exploração de serviços essenciais por grupos criminosos não é um fenômeno isolado, mas parte de uma estratégia mais ampla de controle territorial. Especialistas destacam que a falta de fiscalização facilita a atuação dessas facções, que não apenas extorquem, mas também monopolizam serviços, deixando os moradores sem alternativas. A situação gera riscos significativos à infraestrutura, com consequências diretas para a segurança e bem-estar da população.
As autoridades buscam implementar regulamentações mais rigorosas para combater a atuação ilegal no setor de telecomunicações, na esperança de reverter essa tendência. Medidas como a exigência de licenciamento para provedores pretendem limitar a presença de grupos organizados, enquanto iniciativas de empresas de energia visam melhorar a cobrança e reduzir perdas. Contudo, os especialistas alertam que, sem uma abordagem abrangente que inclua a demanda social, o problema pode persistir, exigindo atenção contínua.

