Exportações para a China crescem e atenuam impacto de tarifas dos EUA

Jackelline Barbosa
Tempo: 2 min.

O Brasil experimentou um aumento significativo nas exportações para a China, o que ajudou a suavizar os impactos das tarifas elevadas impostas pelos Estados Unidos desde agosto de 2025. Segundo o Indicador de Comércio Exterior da Fundação Getulio Vargas, as vendas para o mercado chinês cresceram 28,6% entre agosto e novembro, enquanto as exportações para os EUA caíram 25,1% no mesmo período.

Esse redirecionamento nas exportações é notável, com a China respondendo por cerca de 30% das vendas externas brasileiras. O estudo revela que o governo americano subestimou a capacidade do Brasil de compensar a perda no mercado norte-americano, especialmente em setores como a soja, que viu um aumento nas vendas para a China. Os setores mais prejudicados pelo tarifaço incluem a extração de minerais não metálicos e a fabricação de bebidas, que registraram quedas significativas.

O impacto da situação continua a ser monitorado, já que cerca de 22% das vendas brasileiras para os EUA ainda estão sujeitas a tarifas adicionais. Apesar da recente redução de algumas sobretaxas, os efeitos das tarifas permanecem relevantes e devem influenciar as exportações brasileiras nos meses seguintes. A capacidade de adaptação do Brasil ao cenário internacional será fundamental para sua recuperação econômica.

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