Um estudo recente realizado pelo instituto de pesquisa Imazon revelou que 62% da exploração madeireira no Amazonas é feita ilegalmente, com 42 mil dos 68 mil hectares de atividade sem autorização dos órgãos ambientais. Publicada nesta sexta-feira (5), a pesquisa foi realizada entre agosto de 2023 e julho de 2024 e mostra um aumento de 9% na área explorada ilegalmente em relação ao período anterior. Essa situação representa um desafio significativo para a preservação ambiental no estado.
A pesquisa, parte do monitoramento da Amazônia, foi conduzida pela Rede Simex, formada por três organizações ambientais. A pesquisadora Camila Damasceno destacou que a extração ilegal de madeira não apenas contribui para outras infrações ambientais, como queimadas e desmatamento, mas também compromete o mercado legal, que opera com práticas sustentáveis. O estudo também indicou um crescimento de 131% na exploração de madeira autorizada no mesmo período.
Além disso, a exploração ilegal afeta áreas protegidas, ameaçando a sobrevivência de comunidades tradicionais e a biodiversidade local. Embora tenha sido observado uma redução na exploração em áreas protegidas em comparação ao ano anterior, ainda há um considerável impacto, com 13% da retirada de madeira irregular ocorrendo em terras indígenas e unidades de conservação. A situação reforça a urgência de medidas mais eficazes de fiscalização e proteção das florestas.


