A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou previsões de crescimento na produção nacional de frango e carne suína, projetando aumentos de 2% e 3% anuais até 2026. Essa situação ocorre em um contexto de demanda global crescente, conforme indicado por dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. No entanto, analistas do Goldman Sachs alertam para desafios, como a mortalidade nas criações e as restrições de capacidade, que podem impactar a produtividade.
A análise do Goldman Sachs sugere que o setor de proteínas pode estar em um ponto de inflexão, com um aumento na alocação de matrizes nos EUA e no Brasil. A Seara anunciou investimentos de R$ 475 milhões em suas operações de frango, parte de um programa mais amplo no Paraná, o que pode fortalecer a capacidade produtiva. Apesar das preocupações com um excesso de oferta, o Bank of America destaca que a recente suspensão de tarifas sobre carne bovina e a reabertura da China para importações de frango brasileiro podem beneficiar o setor.
Além disso, a análise do BofA aponta que, embora as margens de lucro possam enfrentar pressão, o mercado brasileiro de carne bovina e frango deve se beneficiar com a estabilidade da demanda. As recomendações de compra para ações da JBS e MBRF refletem essa perspectiva otimista, especialmente com a expectativa de recuperação nas exportações e aumento de preços. O cenário futuro para o setor é promissor, com oportunidades significativas para os produtores brasileiros.