O ex-presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, indultado por Donald Trump de uma longa pena por narcotráfico, expressou preocupações sobre sua segurança ao permanecer fora do país. Sua esposa, Ana García, declarou que ele não planeja retornar a Honduras ou entrar na política tão cedo, citando ameaças à sua vida e um ambiente hostil. A entrevista ocorreu em sua residência em Tegucigalpa, após o indulto que, segundo García, representa uma reparação a uma injustiça sofrida por Hernández durante seu governo.
A decisão de indultar Hernández ocorre em um contexto político tenso, com as eleições recentes em Honduras. Ana García afirmou que a medida foi inesperada e que eles consideram isso um milagre. Ela criticou a administração do ex-presidente Joe Biden, alegando que a condenação de seu marido foi injusta e parte de uma perseguição política, enquanto o indulto é visto como uma tentativa de auxiliar o candidato conservador Nasry Asfura, que disputou as eleições.
Apesar do indulto, o ex-presidente não tem planos de retornar imediatamente à vida pública, optando por focar na recuperação familiar e na segurança. Hernández, que foi extraditado em 2022 e condenado a 45 anos de prisão, continua a ser uma figura polarizadora na política hondurenha. O futuro político dele permanece incerto, mas a atual situação política pode influenciar sua eventual reintegração à vida pública.


