Na última segunda-feira, Jucimar Fonseca, ex-coordenador-geral de Pagamentos do INSS, depôs na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) após ser conduzido coercitivamente pela Polícia Legislativa. Durante seu depoimento, ele não apresentou justificativas convincentes para o aumento significativo dos descontos em massa na folha de aposentados e pensionistas, que ocorreram mesmo com a oposição do Ministério Público.
O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, destacou que, entre 2022 e 2024, os descontos associativos cresceram de R$ 800 milhões para R$ 3,5 bilhões, e que a Conafer estaria vinculada a uma organização criminosa. Jucimar, embora tenha negado irregularidades em sua atuação, admitiu que sua influência era limitada e que as decisões finais cabiam aos diretores do INSS.
Além do depoimento de Jucimar, a CPMI aguardava a presença de outro depoente, atualmente preso, que não compareceu. A ausência gerou descontentamento entre os parlamentares, que planejam solicitar um recurso para garantir a condução do depoente, essencial para a investigação sobre as alegações de fraudes nos descontos realizados nas aposentadorias.

