Na madrugada desta terça-feira, 2, o ex-coordenador do INSS, Jucimar Fonseca da Silva, foi preso em flagrante durante uma sessão da CPMI do INSS presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG). A decisão de prender Fonseca foi tomada após um depoimento que se estendeu por cerca de nove horas, onde ele foi questionado sobre sua atuação na liberação de descontos em massa na folha de pagamento de aposentados. Viana alegou que a prisão se deu devido ao seu silêncio sobre informações relevantes, afetando a verdade dos fatos.
A investigação é parte da operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que apura irregularidades no processamento de descontos associativos e crédito consignado. Durante seu depoimento, Jucimar tentou se distanciar das acusações, afirmando que atuava sob a autoridade de superiores e que não tinha conhecimento das irregularidades. No entanto, o senador Viana contradisse essa afirmação, indicando que já havia evidências de sua participação ativa em decisões desde 2021.
Carlos Viana também anunciou a intenção de prorrogar os trabalhos da CPMI até maio de 2026, ampliando o prazo atual que se encerraria em março. A continuidade das investigações visa aprofundar a apuração de possíveis fraudes e responsabilidades, uma vez que a CPMI busca garantir a transparência e a integridade nas operações do INSS, afetando diretamente a confiança nas instituições públicas.