Ex-chefe da PRF é preso ao tentar fugir para El Salvador

Jackelline Barbosa
Tempo: 2 min.

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, foi detido nesta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, no Paraguai, ao tentar embarcar para El Salvador. A prisão ocorreu após o rompimento de sua tornozeleira eletrônica e a saída do Brasil sem autorização judicial, desrespeitando medidas cautelares determinadas pelo Supremo Tribunal Federal. O ministro Alexandre de Moraes, responsável por seu julgamento, decretou a prisão preventiva do ex-chefe da PRF por considerar que houve risco de evasão da justiça.

A detenção de Vasques levanta questões sobre a eficácia das medidas de monitoramento eletrônico e a colaboração entre as autoridades brasileiras e paraguaias. O ex-diretor, que estava aposentado desde dezembro de 2022 e recebia uma remuneração mensal de R$ 19,5 mil, ocupava a função de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação em São José, Santa Catarina, até poucos dias antes de sua fuga. A ação de fiscalização nas fronteiras foi intensificada após a violação da tornozeleira, permitindo a abordagem antes que pudesse deixar a região.

Com uma condenação de 24 anos e seis meses de prisão por sua participação na tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, a situação de Silvinei Vasques se complica ainda mais. A decisão do ministro Moraes reforça a percepção de risco em relação a novas tentativas de evasão e a importância de medidas rigorosas para garantir a aplicação da lei. O desdobramento deste caso poderá influenciar futuras decisões sobre monitoramento de pessoas em situação similar e a resposta das autoridades a tentativas de fuga.

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