O governo dos Estados Unidos está em processo de remoção de dezenas de embaixadores que foram nomeados durante a administração do presidente Joe Biden. Essa decisão, anunciada na segunda-feira, 22 de dezembro de 2025, visa reestruturar o corpo diplomático para atender às prioridades de política externa do atual presidente, Donald Trump. Os chefes de missão, em sua maioria diplomatas de carreira, foram notificados para deixar seus postos até meados de janeiro.
A American Foreign Service Association (AFSA), que representa os funcionários do Departamento de Estado, informou que cerca de 30 embaixadores, especialmente na África, serão afetados por essa mudança. Embora seja comum que novos governos façam alterações em suas representações diplomáticas, a retirada de diplomatas de carreira antes do término de seus mandatos é considerada uma medida incomum. A AFSA expressou preocupação com a falta de transparência nas razões para essas remoções, o que pode enfraquecer a credibilidade dos Estados Unidos no cenário internacional.
Um alto funcionário do Departamento de Estado justificou a mudança como parte de um processo padrão em qualquer administração. Ele ressaltou que um embaixador é um representante pessoal do presidente e que é direito do líder do país assegurar que os diplomatas estejam alinhados com sua agenda. Essa reestruturação pode refletir uma nova fase na política externa americana, enfatizando as prioridades da administração Trump, como o combate à imigração e a revisão da ajuda externa.