Em 5 de dezembro de 2025, o governo dos Estados Unidos divulgou sua nova Estratégia Nacional de Segurança, reafirmando a Doutrina Monroe e destacando a proeminência de Washington no Hemisfério Ocidental. A Casa Branca declarou que, após anos de descaso, os EUA se comprometem a restaurar sua influência em toda a América, incluindo a América do Sul, Central e do Norte, visando proteger seus interesses estratégicos. A nova política é vista como uma resposta ao crescimento da presença econômica da China na região.
O professor de relações internacionais do Ibmec São Paulo, Alexandre Pires, analisa que a estratégia é um recado claro à China, que tem aumentado sua influência na América Latina. O documento menciona a intenção dos EUA de expulsar empresas estrangeiras envolvidas em infraestrutura e reforçar parcerias com governos alinhados aos interesses americanos. Essa abordagem pode reduzir a soberania dos países da região, limitando suas opções de acordos com potências externas.
Além disso, o governo dos EUA enfatiza a importância de favorecer empresas estadunidenses em acordos comerciais na América Latina. A Casa Branca planeja priorizar a diplomacia comercial e reforçar parcerias de segurança na região, comprometendo-se a impedir incursões externas que possam prejudicar a economia americana. Essa nova política poderá alterar drasticamente as dinâmicas geopolíticas na América Latina e exigir uma reavaliação das relações entre os países da região e os EUA.

