EUA intensificam perseguição a petroleiro sancionado no Caribe

Rodrigo Fonseca
Tempo: 2 min.

No último domingo (21), forças dos Estados Unidos iniciaram a perseguição a um petroleiro supostamente sancionado nas águas do Caribe, como parte de uma estratégia para aumentar a pressão sobre a Venezuela. Essa ação segue um bloqueio anunciado pelo presidente Donald Trump em dezembro, que visa interceptar navios que transportam petróleo venezuelano, alegadamente financiando atividades ilegais. A Guarda Costeira dos EUA confirmou uma “perseguição ativa” ao navio, que opera com bandeira falsa e está sob ordem judicial de interceptação.

A operação militar tem como pano de fundo as tensões entre Washington e Caracas, que se intensificaram com as acusações de que a Venezuela utiliza o petróleo, seu principal recurso econômico, para sustentar o narcotráfico e outras atividades criminosas. O petroleiro perseguido, identificado como Bella 1, é alvo de sanções desde 2024 por suas ligações com o Irã e o grupo libanês Hezbollah. Além disso, as forças americanas já apreenderam outro navio, o Centuries, que também transportava petróleo venezuelano e não estava listado como sancionado pelo Departamento do Tesouro dos EUA.

As implicações dessa ação vão além da simples interceptação de navios, refletindo um embate geopolítico mais amplo entre os dois países. O governo venezuelano nega as acusações e argumenta que a operação dos EUA é uma tentativa de derrubar o presidente Nicolás Maduro e controlar suas reservas de petróleo. Com a Chevron enviando um petroleiro não sancionado de volta aos EUA, a situação continua a evoluir, evidenciando as complexidades das relações diplomáticas e comerciais na região.

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