Pesquisadores afirmam que experiências criativas, como dançar e pintar, podem desacelerar o envelhecimento cerebral. Um estudo internacional publicado na revista Nature Communications analisou dados de mais de 1.200 participantes de 13 países, incluindo o Brasil, e concluiu que a prática de atividades lúdicas pode resultar em um cérebro até sete anos mais jovem. A neurocientista Elisa Harumi Kozasa, do Instituto do Cérebro do Einstein Hospital Israelita, destaca a relação entre hobbies criativos e a saúde cerebral.
O estudo observou que indivíduos com maior engajamento em atividades criativas, como dançarinos de tango e músicos, apresentaram maior conectividade cerebral em áreas vulneráveis ao envelhecimento. Além disso, a pesquisa sugere que o estímulo criativo pode ter efeitos semelhantes aos do exercício físico, promovendo a plasticidade cerebral e ajudando a preservar funções cognitivas importantes. No entanto, os pesquisadores alertam que a criatividade é apenas um dos fatores que contribuem para um envelhecimento saudável.
Os resultados do estudo indicam que intervenções criativas de curto prazo, como jogos de videogame, também podem trazer benefícios significativos. Apesar das promessas que a pesquisa apresenta, os cientistas enfatizam a necessidade de considerar outros fatores, como alimentação e genética, para um envelhecimento equilibrado. Assim, a criatividade emerge como uma ferramenta valiosa, mas não isolada, no processo de manutenção da saúde cerebral ao longo da vida.

