Um recente estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) destaca o potencial geológico do Brasil para a exploração de minerais críticos, essenciais para setores como tecnologia e transição energética. Apesar desse potencial, o país não conseguiu, até o momento, converter suas reservas em uma produção econômica robusta, estando atrás de países como Austrália e China.
Os minerais críticos, incluindo lítio, cobalto, níquel e terras raras, são fundamentais para a fabricação de baterias de veículos elétricos e outros equipamentos tecnológicos. Com cerca de 10% das reservas globais, o Brasil pode se beneficiar de um cenário de expansão dos investimentos em mineração, conforme apontado na pesquisa. Contudo, a atuação do país no comércio internacional tem sido considerada tímida pelas últimas duas décadas.
Os pesquisadores acreditam que um novo ciclo de investimentos, que já parece estar em andamento, poderá melhorar a competitividade do setor mineral brasileiro. Entretanto, enfatizam a necessidade de expectativas realistas sobre os impactos que a mineração pode ter na economia brasileira. De acordo com dados, a contribuição da mineração ao PIB brasileiro variou entre 0,75% e 2% entre 2000 e 2019, refletindo a volatilidade das commodities minerais, especialmente do minério de ferro.


