Um novo estudo da Wellhub, intitulado Panorama do Bem-Estar Corporativo 2026, aponta que 55% dos trabalhadores da Geração Z e Millennials relatam um aumento significativo do estresse no ambiente de trabalho. Esse índice é superior ao registrado entre a Geração X e os Baby Boomers, com 47% e 38%, respectivamente. Além disso, nove em cada dez colaboradores apresentaram sintomas de burnout no último ano, evidenciando a normalização do esgotamento emocional na vida corporativa.
De acordo com Patricia Ansarah, CEO do Instituto Internacional de Segurança Psicológica, a dificuldade em estabelecer limites claros entre vida pessoal e profissional é uma das principais causas do estresse crescente. Ela enfatiza que a ausência de prioridades bem definidas e a negligência aos sinais de exaustão podem comprometer não apenas a saúde mental, mas também a produtividade das organizações. O estudo revela que práticas como exercícios físicos e uma melhor gestão do tempo são tentativas dos trabalhadores para mitigar o estresse.
A comunicação aberta e a delegação de tarefas são vistas como essenciais para enfrentar o problema. Ansarah adverte que a falta de respostas estruturais das empresas pode aprofundar um modelo de produção marcado pelo desgaste contínuo. Com o estresse no trabalho se tornando uma constante, a necessidade de reformulações nas políticas organizacionais se torna cada vez mais urgente para garantir um ambiente de trabalho saudável e produtivo.

