Um estudo recente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que a taxa de suicídio entre a população jovem brasileira é alarmante, atingindo 31,2 casos para cada 100 mil habitantes. O risco é ainda maior entre homens jovens, que apresentam uma taxa de 36,8, enquanto a juventude indígena enfrenta a situação mais crítica, com 62,7 suicídios a cada 100 mil habitantes. Esse cenário foi abordado no 2º Informe Epidemiológico sobre a Situação de Saúde da Juventude Brasileira: Saúde Mental, elaborado pela Agenda Jovem Fiocruz.
O levantamento indica que questões culturais e a dificuldade de acesso a serviços de saúde contribuem para esses altos índices entre os indígenas. Além disso, a pesquisa revela que homens jovens representam a maior parte das internações por problemas de saúde mental, com 61,3% do total. O abuso de substâncias psicoativas é uma das principais causas, refletindo uma combinação de fatores sociais e econômicos que agravam a saúde mental dessa população.
Por fim, a pesquisa destaca a necessidade urgente de políticas públicas voltadas para a saúde mental dos jovens, especialmente os indígenas, que enfrentam uma realidade marcada por preconceitos e falta de acesso a cuidados adequados. Especialistas alertam para a importância de criar redes de apoio e serviços de saúde acessíveis, a fim de mitigar a crise de saúde mental que afeta essa faixa etária no Brasil.

