Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, inaugurou um novo escritório de advocacia em Brasília no mesmo dia em que a Lei Magnitsky foi sancionada pelos Estados Unidos. A empresa, denominada Barci e Barci Sociedade de Advogados, está localizada no Setor de Autarquias Sul, a apenas dois quilômetros do STF e do Banco Central, em uma área estratégica para a atuação jurídica.
O escritório faz parte de um conjunto de empresas da família Moraes e já se tornou alvo de investigações devido a contratos controversos, incluindo um que garante R$ 3,6 milhões mensais ao escritório entre 2024 e 2027 pelo Banco Master. Este banco, que já enfrentou problemas legais, conta com Viviane como representante legal. O ambiente de negócios da família tornou-se mais complexo após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF, com implicações diretas na atividade profissional de Moraes.
O senador Alessandro Vieira anunciou que iniciará a coleta de assinaturas para uma CPI que investigará os contratos da empresa de Viviane com o Banco Master e sua suposta relação com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Até o momento, nem Moraes nem Galípolo se pronunciaram sobre as acusações. O desdobramento dessa situação poderá impactar não apenas a reputação da família, mas também a confiança pública nas instituições envolvidas.