Durante as festas de fim de ano, o aumento significativo de casos de intoxicação alimentar levanta preocupações entre os especialistas. O médico infectologista Guilherme Silva Augusto, do Hospital América da Hapvida, aponta que a preparação de grandes quantidades de alimentos em pouco tempo é um fator crítico que contribui para esses casos, devido a falhas no armazenamento e manuseio.
Os erros mais comuns incluem o controle inadequado da temperatura de cozimento e a contaminação cruzada, que podem ocorrer quando utensílios são compartilhados entre alimentos crus e prontos para consumo. O calor do verão brasileiro agrava a situação, potencializando o crescimento de bactérias perigosas, como Salmonella e Escherichia coli, que podem causar sérias complicações de saúde. Sinais de intoxicação vão além de diarreia e vômitos, incluindo febre e desidratação, o que pode levar a internações.
Para prevenir intoxicações, o especialista recomenda cuidados desde a compra dos alimentos até o armazenamento e preparo. É essencial respeitar as temperaturas adequadas, evitar a contaminação cruzada e descartar sobras após alguns dias. Grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos, devem ter atenção redobrada, e a notificação de casos é fundamental para evitar surtos futuros.

