Diversas entidades médicas, incluindo a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), protocolaram um pedido à Anvisa em 2 de dezembro de 2025. A solicitação visa a suspensão cautelar da fabricação e comercialização de versões manipuladas de agonistas de GLP-1/GIP, utilizados no tratamento da obesidade. As substâncias em questão, como tirzepatida e retatrutida, são conhecidas popularmente como Ozempic e Wegovy.
As entidades argumentam que existe um risco sanitário iminente devido à circulação de formulações clandestinas, que carecem de garantias de qualidade e segurança. Elas apontam que a falta de controle sobre esses produtos pode representar um grave perigo à saúde pública. Os representantes das organizações enfatizam que as etapas necessárias para a produção segura desses medicamentos não são viáveis em farmácias de manipulação.
Os profissionais da saúde solicitaram também que a Anvisa implemente ações de rastreamento de insumos sem procedência e conduza auditorias em estabelecimentos envolvidos. Além disso, pedem a emissão de um alerta sanitário nacional para informar a população sobre a diferença entre os produtos manipulados e os medicamentos aprovados. Essa situação destaca a necessidade urgente de medidas eficazes para proteger a saúde dos pacientes no Brasil.

