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Endividamento e baixa no crescimento afetam agronegócio em 2025

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

O agronegócio brasileiro em 2025 enfrenta um desafio significativo relacionado ao seu elevado nível de endividamento, que ultrapassa R$ 188 bilhões. Eduardo Monteiro, country manager da Mosaic no Brasil, ressaltou em uma recente entrevista que esse montante equivale a mais de duas safras de geração de caixa, o que levanta preocupações sobre a viabilidade financeira do setor. Além disso, a taxa de juros elevada, que supera 20% ao ano, torna o financiamento ainda mais difícil para os agricultores.

O setor de fertilizantes, que começava o ano com expectativas otimistas, viu sua dinâmica se deteriorar devido à escassez de crédito e à liberação lenta de recursos do Plano Safra. Monteiro observou que a previsão de crescimento de 4% foi revisada para uma faixa entre 1% e 2%, o que representa uma adição modesta em toneladas, mas sem real ganho em nutrientes aplicáveis ao solo. Essa situação exige uma gestão cuidadosa e um foco em tecnologias que aumentem a produtividade e o fluxo de caixa.

Por fim, a agricultura é descrita como um setor cíclico que demanda preparo e resiliência. Monteiro destacou que, apesar das dificuldades, os agricultores devem priorizar uma gestão rigorosa de custos e uma abordagem focada na rentabilidade para atravessar esse período desafiador. Com 90% da safra já plantada e previsões climáticas favoráveis, o sucesso em 2025 dependerá da capacidade dos produtores de se adaptarem e inovarem em suas práticas.

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