Dados do Banco Central revelam que o endividamento das famílias brasileiras alcançou 49,3% em outubro, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação a setembro. A proporção da renda comprometida com dívidas também cresceu, subindo para 29,4%, o que representa um incremento de 0,6 ponto percentual no mês. Essas estatísticas foram divulgadas na última sexta-feira, dia 26, e refletem uma tendência preocupante no cenário econômico atual.
O estoque de crédito no Brasil também apresentou crescimento, atingindo R$ 7 trilhões em novembro, com aumento de 0,9% em relação ao mês anterior. No entanto, a desaceleração do crescimento das operações de crédito é um sinal de alerta, com taxas de crescimento inferiores comparadas aos doze meses anteriores. Além disso, a taxa média de juros das novas operações se estabeleceu em 31,9% ao ano, o que pode dificultar ainda mais a recuperação financeira das famílias.
As implicações desse cenário são significativas, pois indicam um aumento no risco de inadimplência e um impacto direto no consumo das famílias. A combinação do endividamento elevado com taxas de juros altas pode limitar o acesso ao crédito e comprometer a capacidade de consumo da população. À medida que a economia enfrenta desafios, o comportamento dos consumidores e as políticas públicas se tornam cruciais para mitigar os efeitos negativos desse endividamento crescente.