Endividamento das famílias brasileiras atinge 49,3% com aumento de juros

Bruno de Oliveira
Tempo: 1 min.

O endividamento das famílias brasileiras alcançou 49,3% em outubro, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Este aumento acompanha um crescimento significativo no crédito consignado privado, que registrou uma elevação de 257% nos últimos doze meses, refletindo um fenômeno complexo no cenário econômico do país.

As taxas de juros para o crédito pessoal subiram para 59,4% ao ano, o maior nível desde 2017, dificultando o acesso das famílias ao crédito. Especialistas apontam que o acesso facilitado a empréstimos por meio de bancos digitais e novas regulamentações contribuíram para esse endividamento. No entanto, a qualidade da dívida é crucial, pois dívidas que geram renda podem ser consideradas positivas.

Para 2026, o cenário é de incertezas, com a taxa Selic projetada em 15% até março, o que deve restringir ainda mais o consumo. Ao mesmo tempo, uma nova faixa de isenção do Imposto de Renda pode oferecer alívio ao orçamento das famílias. A expectativa é que essa dinâmica influencie a inadimplência, que atualmente atinge 6,3% nas contas com mais de 90 dias de atraso.

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