Os encantamentos, utilizados ao longo dos séculos, continuam a ser uma prática comum na medicina popular, empregada para tratar diversas doenças. Antes do advento de tratamentos modernos, como antibióticos e anestesia, curandeiros em várias partes do mundo invocavam palavras para afastar males. A Idade Média, por exemplo, viu a utilização de encantamentos que se dirigiam diretamente a demônios, buscando expulsar as causas das enfermidades.
Pesquisadores, como a historiadora Catherine Rider, destacam que os encantamentos eram frequentemente usados em conjunto com remédios tradicionais, formando uma abordagem holística de cura que abarcava tanto o corpo quanto a alma. Na medicina oriental, práticas semelhantes persistem, onde rituais e poções são empregados para tratar doenças. Além disso, versículos religiosos, como os do Alcorão, são recitados para invocar poder curativo, refletindo a intersecção entre fé e medicina.
Atualmente, o reconhecimento do efeito placebo e o impacto psicológico das crenças dos pacientes são aspectos importantes na compreensão das práticas de cura. As palavras, quando proferidas com autoridade, podem aliviar a dor e reduzir a ansiedade, demonstrando que, em momentos de crise, a narrativa formulada por encantamentos pode tornar o incompreensível mais palpável. A história dos encantamentos revela o impacto duradouro do poder das palavras na saúde e bem-estar das pessoas.

