O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, declarou que o deputado Eduardo Bolsonaro ultrapassou o limite permitido de faltas e, por isso, corre o risco de ver seu mandato cassado. Desde fevereiro, o parlamentar está nos Estados Unidos, onde viajou com o objetivo de buscar apoio internacional para o ex-presidente Jair Bolsonaro, em meio a investigações que envolvem sua figura e a justiça brasileira.
Eduardo Bolsonaro acumulou 56 faltas nas 71 sessões realizadas até o momento em 2025. A análise das faltas pelo presidente da Câmara, que normalmente só ocorreria após o final do período legislativo em 2026, foi antecipada por Motta, que decidiu agir ainda nesta semana. A tentativa de manter seu mandato à distância, utilizando licenças, não surtiu efeito.
Caso seu mandato seja cassado, Eduardo Bolsonaro não perderá a elegibilidade, mas ficará sem foro privilegiado, o que o tornaria mais suscetível a processos judiciais. A situação desencadeia um debate sobre a responsabilidade dos parlamentares e o impacto de suas ausências nas atividades legislativas do país.

