O dólar americano está prestes a concluir 2025 com a maior desvalorização anual desde 2017, apresentando uma queda de aproximadamente 9,5% em relação a uma cesta de moedas globais. Essa tendência é impulsionada por cortes nas taxas de juros anunciados pelo Federal Reserve, em contraste com a postura de outros bancos centrais que mantêm ou aumentam suas taxas. A situação traz incertezas sobre o futuro da moeda como refúgio seguro para investidores.
Desde o início da guerra comercial sob a liderança do ex-presidente Donald Trump, a fraqueza do dólar levantou preocupações sobre a economia dos Estados Unidos. A desvalorização foi acentuada por tarifas impostas a parceiros comerciais e pela expectativa de que novos cortes de juros ocorram em 2026. Especialistas preveem que a escolha do próximo presidente do Fed será crucial, especialmente se o novo líder adotar uma política mais intervencionista.
As implicações dessa desvalorização são amplas, afetando tanto exportadores americanos, que podem ganhar competitividade, quanto empresas europeias que dependem do mercado norte-americano, enfrentando aumento de custos. Com a expansão tecnológica nos EUA, a resistência a cortes agressivos pode ser um fator a favor da economia americana. A dinâmica global de investimentos e a revisão das posições cambiais por investidores também influenciarão a trajetória futura do dólar.

