Na tarde de sexta-feira, 26 de dezembro, o dólar atingiu a cotação de R$ 5,54, refletindo a volatilidade do mercado cambial. O Banco Central havia realizado leilões de linha cambial, injetando US$ 2 bilhões para conter a alta da moeda americana. No entanto, a liquidez reduzida após o feriado de Natal contribuiu para a inversão do viés, resultando em uma alta de 0,24%.
O aumento do dólar também se deve à queda do petróleo no mercado internacional, que penaliza as moedas de economias exportadoras como a brasileira. Com uma mínima de R$ 5,5208 e uma máxima de R$ 5,5668, o dólar acumula uma alta de 0,27% na semana e 3,93% no mês, embora tenha recuado 10,28% no ano. Especialistas apontam que o ambiente de negócios reduzido e o envio de lucros ao exterior têm intensificado a pressão sobre o real.
Analistas destacam que a atuação do Banco Central, embora significativa, não tem gerado efeitos expressivos na taxa de câmbio, considerando o cenário político e econômico. A semana também foi marcada por uma carta de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro à candidatura de seu filho, Flávio Bolsonaro, à Presidência em 2026, o que pode ter influência nas expectativas do mercado. A combinação desses fatores torna o futuro da moeda americana incerto no contexto atual.

