Nesta quarta-feira, 3 de dezembro, o dólar brasileiro registrou uma queda significativa, fechando a R$ 5,3133, o que representa um recuo de 0,32%. Essa diminuição é reflexo de dados decepcionantes do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que elevaram as suposições de uma possível redução nas taxas de juros pelo Federal Reserve na próxima reunião. O desempenho do câmbio brasileiro também é impactado por um cenário externo favorável às divisas emergentes.
O economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, destaca que o panorama doméstico, com indicadores de atividade econômica superando expectativas, contribui para a valorização do real. Ele menciona uma resiliência no setor industrial e no emprego, que pode levar o Banco Central a adotar uma postura mais conservadora em relação à Selic. Apesar da pressão externa, a manutenção das taxas de juros em 15% ao ano e a queda nas expectativas de inflação tornam o Brasil atrativo para investimentos.
Analistas apontam que a recente divulgação do relatório ADP, que indicou a perda de 32 mil empregos no setor privado americano, pode ter um impacto significativo sobre as decisões do Fed. O fluxo cambial no Brasil também apresenta um saldo negativo considerável, o que reforça a necessidade de vigilância sobre a economia. As expectativas para os próximos meses permanecem cautelosas, à medida que o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos se amplia, o que poderá influenciar o comportamento do real ao longo de dezembro.


